Esporte e jornalismo foi o tema principal que conduziu a palestra bem humorada de Ronildo Santos, ele conta que iniciou a carreira já no esporte, graças a uma sacada do seu entrevistador ao perguntar quais esportes ele praticava. Ronildo já trabalhou na Rádio Band, TV Cultura, Canal 21 e ESPN Brasil, e tornou-se chefe de reportagem por volta dos 27 anos.
O início da conversa ficou marcado pela importância de entrar no mercado de trabalho, fazendo o que quer que seja, mas frisando que não pode nem deve se acomodar e procurar algo que realmente goste que dê prazer em executar. Ronildo atribui às empresas uma parcela da culpa por não encontrar o local em que o profissional se adequará melhor e, por conseqüência, tende a executar com maior excelência suas funções. Ele exemplifica tudo isso com o seu caso, em que o diretor da Rádio Band encontrou nele um gosto por esporte que poderia ser rentável e disse que, na sua profissão, dependendo do dia, ele chega a trabalhar 16 horas, mas está satisfeito porque gosta do que faz.
Ronildo aponta as suas principais funções como chefe que é elaboração de pauta, decide as matérias que serão feitas, chefia e coordena a equipe: repórteres, cinegrafistas, motoqueiro e motorista, além de trabalhar em conjunto com os editores. A pauta segue a agenda esportiva, mas tem base também nas sugestões dadas pelo público e o jornalista afirma que é de onde surgem as melhores ide i as. Ele aponta que a maior dificuldade do trabalho é lidar com as pessoas, pois há conflito de vaidades, ciúmes uns dos outros, sentimento de superioridade, além dos conflitos comuns em ambientes de trabalho.
Neste ponto ele frisa na relação entre repórter e cinegrafista dizendo que um depende do outro, mas, no caso específico da televisão, o cinegrafista é essencial para o repórter. Santos diz ainda que não se deve montar as duplas de acordo com a afinidade, pois corre-se o risco de ficar sem saída ao tentar manter separadas duplas com problemas de relacionamento. Disse ainda saber quais as duplas “funcionam” melhor, então essas serão escaladas juntas com maior freqüência e em eventos que exigem excelência, o que não significa que duplas que não trabalham tão bem trabalharão apenas com eventos sem importância.
Quanto à pauta, Ronildo relata que tenta sempre fazer algo diferente, proporcionar um material que não estará em todas os veículos de comunicação. As pautas podem ser inspiradas em matérias retiradas da internet ou já veiculadas em outros meios, mas é importante criar uma matéria com base nas informações colhidas e não copiá-las. Ao repórter cabe trabalhar com as imagens feitas pelo cinegrafista e, a partir daí, montar o texto, contar uma história diferente, fazer as entrevistas. Não é função do repórter ser tendencioso, dar opinião, mas isso não impede que a abordagem da matéria sugira algo ao telespectador. Ronildo acredita que a função do repórter está totalmente relacionada com o significado da palavra: reportar, dar a notícia, levar a informação.
Matérias como uma entrevista descontraída com o técnico Vagner Mancini e uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher mostrando a persistência feminina em se dedicar em alcançar o sucesso jogando futebol, foram duas das matérias que ele aponta a interferência negativa de diretores, entraram em dias e com um tempo menor do que o original, que fugiam do contexto e perdiam todo o sentido pré-estabelecido. Como matérias mais emocionantes, Ronildo citou uma em que levaram crianças de escolas privadas para brincar com crianças deficientes da AACD e uma matéria sobre o projeto de inclusão do skate na FEBEM, em que uma menina disse que gostava de cantar Roberto Carlos, a matéria foi elaborada com as imagens sobre a voz desta menina cantando.
O assunto é direcionado para a torcida dos profissionais do esporte, e Ronildo afirma que quando se está trabalhando, a tendência é deixar a paixão de lado para que não implique no seu trabalho, dará destaque aos personagens que os merecem, bem como os times. O profissional que decide assumir o time para o qual torce, tem problemas em freqüentar estádios e treinos e de relacionamento com os torcedores. Disse ainda que, nestes casos, por vezes, os repórteres não podem chegar ao estádio com carro com o logo da empresa ou com o uniforme. No caso de Neto, corintiano, só entra nos estádio acompanhado por seguranças, já o Milton Neves, santista, não vai ao estádio.
Sobre a concorrência ele diz que é difícil tentar comparar porque a Band é iniciante na área de transmissão e tem que cativar o público da Globo. No entanto, a dificuldade de concorrência se deve a melhor estrutura e transmissão de imagens que a TV Globo tem (a TV Band trabalha com cerca de 12 câmeras e a TV Globo trabalha com 18), além do aspecto cultural, de costume.Também tem a questão do direito de transmissão, e a emissora que não o tiver tem direito a câmeras na cabine e entrevista coletiva, quando o mais interessante é entrevistar o jogador saindo do campo.
Ronildo fala, ainda, sobre o espetáculo criado em cima de personagens do futebol, que invadem a vida pessoal como paparazzi. Ele defende que, caso seja feita algo em desacordo com as leis, como atos violentos, os programas esportivos devem informar, mas ele acredita que notícia para saber qual o valor de seus bens, com quem namora, o que faz quando bebe, entre outras, é sensacionalismo barato. As emissoras de televisão, segundo o palestrante, não investiram o suficiente nas novas mídias e estão atrasadas nesse sentido.Em sua opinião, o conteúdo deveria ser disponibilizado na internet e o espaço para retorno do público tem que ser aberto.
Os programas esportivos têm o futebol como esporte predominante, pois é o que dá audiência. Quando se investe em noticiar sobre os outros esportes, a direção da empresa cobra a baixa audiência e fica no ar a questão “Não dá audiência porque a mídia não fala ou não fala porque não dá audiência?”. As abordagens também são diferentes, há programas que são voltados para os aficionados por esportes, outros com foco nos leigos, que só querem receber informações e há programas que trabalham mais com personagens e histórias bem elaboradas
O início da conversa ficou marcado pela importância de entrar no mercado de trabalho, fazendo o que quer que seja, mas frisando que não pode nem deve se acomodar e procurar algo que realmente goste que dê prazer em executar. Ronildo atribui às empresas uma parcela da culpa por não encontrar o local em que o profissional se adequará melhor e, por conseqüência, tende a executar com maior excelência suas funções. Ele exemplifica tudo isso com o seu caso, em que o diretor da Rádio Band encontrou nele um gosto por esporte que poderia ser rentável e disse que, na sua profissão, dependendo do dia, ele chega a trabalhar 16 horas, mas está satisfeito porque gosta do que faz.
Ronildo aponta as suas principais funções como chefe que é elaboração de pauta, decide as matérias que serão feitas, chefia e coordena a equipe: repórteres, cinegrafistas, motoqueiro e motorista, além de trabalhar em conjunto com os editores. A pauta segue a agenda esportiva, mas tem base também nas sugestões dadas pelo público e o jornalista afirma que é de onde surgem as melhores ide i as. Ele aponta que a maior dificuldade do trabalho é lidar com as pessoas, pois há conflito de vaidades, ciúmes uns dos outros, sentimento de superioridade, além dos conflitos comuns em ambientes de trabalho.
Neste ponto ele frisa na relação entre repórter e cinegrafista dizendo que um depende do outro, mas, no caso específico da televisão, o cinegrafista é essencial para o repórter. Santos diz ainda que não se deve montar as duplas de acordo com a afinidade, pois corre-se o risco de ficar sem saída ao tentar manter separadas duplas com problemas de relacionamento. Disse ainda saber quais as duplas “funcionam” melhor, então essas serão escaladas juntas com maior freqüência e em eventos que exigem excelência, o que não significa que duplas que não trabalham tão bem trabalharão apenas com eventos sem importância.
Quanto à pauta, Ronildo relata que tenta sempre fazer algo diferente, proporcionar um material que não estará em todas os veículos de comunicação. As pautas podem ser inspiradas em matérias retiradas da internet ou já veiculadas em outros meios, mas é importante criar uma matéria com base nas informações colhidas e não copiá-las. Ao repórter cabe trabalhar com as imagens feitas pelo cinegrafista e, a partir daí, montar o texto, contar uma história diferente, fazer as entrevistas. Não é função do repórter ser tendencioso, dar opinião, mas isso não impede que a abordagem da matéria sugira algo ao telespectador. Ronildo acredita que a função do repórter está totalmente relacionada com o significado da palavra: reportar, dar a notícia, levar a informação.
Matérias como uma entrevista descontraída com o técnico Vagner Mancini e uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher mostrando a persistência feminina em se dedicar em alcançar o sucesso jogando futebol, foram duas das matérias que ele aponta a interferência negativa de diretores, entraram em dias e com um tempo menor do que o original, que fugiam do contexto e perdiam todo o sentido pré-estabelecido. Como matérias mais emocionantes, Ronildo citou uma em que levaram crianças de escolas privadas para brincar com crianças deficientes da AACD e uma matéria sobre o projeto de inclusão do skate na FEBEM, em que uma menina disse que gostava de cantar Roberto Carlos, a matéria foi elaborada com as imagens sobre a voz desta menina cantando.
O assunto é direcionado para a torcida dos profissionais do esporte, e Ronildo afirma que quando se está trabalhando, a tendência é deixar a paixão de lado para que não implique no seu trabalho, dará destaque aos personagens que os merecem, bem como os times. O profissional que decide assumir o time para o qual torce, tem problemas em freqüentar estádios e treinos e de relacionamento com os torcedores. Disse ainda que, nestes casos, por vezes, os repórteres não podem chegar ao estádio com carro com o logo da empresa ou com o uniforme. No caso de Neto, corintiano, só entra nos estádio acompanhado por seguranças, já o Milton Neves, santista, não vai ao estádio.
Sobre a concorrência ele diz que é difícil tentar comparar porque a Band é iniciante na área de transmissão e tem que cativar o público da Globo. No entanto, a dificuldade de concorrência se deve a melhor estrutura e transmissão de imagens que a TV Globo tem (a TV Band trabalha com cerca de 12 câmeras e a TV Globo trabalha com 18), além do aspecto cultural, de costume.Também tem a questão do direito de transmissão, e a emissora que não o tiver tem direito a câmeras na cabine e entrevista coletiva, quando o mais interessante é entrevistar o jogador saindo do campo.
Ronildo fala, ainda, sobre o espetáculo criado em cima de personagens do futebol, que invadem a vida pessoal como paparazzi. Ele defende que, caso seja feita algo em desacordo com as leis, como atos violentos, os programas esportivos devem informar, mas ele acredita que notícia para saber qual o valor de seus bens, com quem namora, o que faz quando bebe, entre outras, é sensacionalismo barato. As emissoras de televisão, segundo o palestrante, não investiram o suficiente nas novas mídias e estão atrasadas nesse sentido.Em sua opinião, o conteúdo deveria ser disponibilizado na internet e o espaço para retorno do público tem que ser aberto.
Os programas esportivos têm o futebol como esporte predominante, pois é o que dá audiência. Quando se investe em noticiar sobre os outros esportes, a direção da empresa cobra a baixa audiência e fica no ar a questão “Não dá audiência porque a mídia não fala ou não fala porque não dá audiência?”. As abordagens também são diferentes, há programas que são voltados para os aficionados por esportes, outros com foco nos leigos, que só querem receber informações e há programas que trabalham mais com personagens e histórias bem elaboradas
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