Medo de palhaço, de borboleta, de botões, de sangue, de aranha, de ralo, de penetração, da morte, claustrofobia, entre tantas outras fobias inusitadas que foram tratadas sem preconceitos por Kiko Goifman em seu longa de 80min "FilmeFobia".
Dia 29 de abril de 2009, o diretor do filme esteve no auditório do campus Santa Paulina da Universidade São Marcos para discutir com os alunos de Comunicação Social e Psicologia sobre o tema do filme que está em cartaz no Espaço Unibanco Augusta em São Paulo. "FilmeFobia" trata as fobias de forma irreverente e humorada, e seu ator principal é Jean Claude Bernadet que, no filme, acredita que a única imagem verdadeira de um ser humano é quando este encara seu objeto de fobia.
Respondendo às perguntas dos alunos, Kiko explicou que os limites estabelecidos por ele e pela equipe foram pré-estabelecidos pelos participantes do filme - atores, fóbicos e atores com fobia, além de atuação do próprio diretor que tem fobia de sangue - que o fizeram de forma espontânea. Além disso, o código de segurança estipulado era o de gritar o próprio nome, argumentando que o próprio nome não se esquece, e o diretor afirmou que ninguém desistiu durante as gravações.
Durante a palestra, Goifman foi questionado se houve algum intuito terapêutico na produção deste longa, o que foi negado e dito que apenas expôs pessoas a seus medos, mesmo que estes não sejam tão conhecidos ou amplamente discutidos por não afetarem a vida social da pessoa como no caso de homofobia, xenofobia, sindrome do pânico, agarofobia, etc. Concluiu-se, então, que muitas pessoas sofrem de diversas fobias e que discutir sobre o medo e até enfrentá-lo faz bem.
O caso mais curioso que Kiko enfatizou foi sobre a fobia de anão, pois é um ser humano que sente medo incontrolável de outro, e o fóbico disse se sentir envergonhado e até ridículo por isto, enquanto os anões afirmam que compreendem que é algo involuntário, o que difere do preconceito que eles sofrem.
Comentou-se ainda sobre outros filmes dirigidos por Kiko Goifman, tais quais "Aurora", "Tereza" e "Trinta e Três" que tratam de assuntos tabus como prostituição de mulheres idosas em São Paulo, cotidiano de uma penitenciária e a busca de um homem de 33 anos durante trinta e três dias por mãe biológica, respectivamente.
Ainda foi discutido sobre o cinema brasileiro atual, as parcerias necessárias para a produção independente de um filme, houve critica quanto ao valor atribuído em excesso ao Oscar que só premia filmes comerciais e da valorização e investimento vindos da Europa nestas produções não-comerciais e isto é perceptível através de festivais como Cane, Veneza e Berlim. Goifman elogia a Índia que consume sua própria produção cinematográfica e que a eles não importa a propagação de sua cultura.
A palestra é finalizada com a distribuição de ingressos aos alunos interessados em assisitr o filme recém-lançado e, aqui, fica a dica para este e outros filmes de Kiko Goifman.
Veja o que foi dito sobre o filme em mídias como Folha de São Paulo, G1, Programa Zoom da TV Cultura. E veja também no site oficial de FilmeFobia.
Dia 29 de abril de 2009, o diretor do filme esteve no auditório do campus Santa Paulina da Universidade São Marcos para discutir com os alunos de Comunicação Social e Psicologia sobre o tema do filme que está em cartaz no Espaço Unibanco Augusta em São Paulo. "FilmeFobia" trata as fobias de forma irreverente e humorada, e seu ator principal é Jean Claude Bernadet que, no filme, acredita que a única imagem verdadeira de um ser humano é quando este encara seu objeto de fobia.
Respondendo às perguntas dos alunos, Kiko explicou que os limites estabelecidos por ele e pela equipe foram pré-estabelecidos pelos participantes do filme - atores, fóbicos e atores com fobia, além de atuação do próprio diretor que tem fobia de sangue - que o fizeram de forma espontânea. Além disso, o código de segurança estipulado era o de gritar o próprio nome, argumentando que o próprio nome não se esquece, e o diretor afirmou que ninguém desistiu durante as gravações.
Durante a palestra, Goifman foi questionado se houve algum intuito terapêutico na produção deste longa, o que foi negado e dito que apenas expôs pessoas a seus medos, mesmo que estes não sejam tão conhecidos ou amplamente discutidos por não afetarem a vida social da pessoa como no caso de homofobia, xenofobia, sindrome do pânico, agarofobia, etc. Concluiu-se, então, que muitas pessoas sofrem de diversas fobias e que discutir sobre o medo e até enfrentá-lo faz bem.
O caso mais curioso que Kiko enfatizou foi sobre a fobia de anão, pois é um ser humano que sente medo incontrolável de outro, e o fóbico disse se sentir envergonhado e até ridículo por isto, enquanto os anões afirmam que compreendem que é algo involuntário, o que difere do preconceito que eles sofrem.
Comentou-se ainda sobre outros filmes dirigidos por Kiko Goifman, tais quais "Aurora", "Tereza" e "Trinta e Três" que tratam de assuntos tabus como prostituição de mulheres idosas em São Paulo, cotidiano de uma penitenciária e a busca de um homem de 33 anos durante trinta e três dias por mãe biológica, respectivamente.
Ainda foi discutido sobre o cinema brasileiro atual, as parcerias necessárias para a produção independente de um filme, houve critica quanto ao valor atribuído em excesso ao Oscar que só premia filmes comerciais e da valorização e investimento vindos da Europa nestas produções não-comerciais e isto é perceptível através de festivais como Cane, Veneza e Berlim. Goifman elogia a Índia que consume sua própria produção cinematográfica e que a eles não importa a propagação de sua cultura.
A palestra é finalizada com a distribuição de ingressos aos alunos interessados em assisitr o filme recém-lançado e, aqui, fica a dica para este e outros filmes de Kiko Goifman.
Veja o que foi dito sobre o filme em mídias como Folha de São Paulo, G1, Programa Zoom da TV Cultura. E veja também no site oficial de FilmeFobia.
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