quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Quadrinhos e Jornalismo



Entre os dias 16 e 18 a Comix Book Shop realizou na região central de São Paulo a FestComix. O evento voltado para os aficionados por quadrinhos atraiu público diversificado com um fim: comprar MUITAS revistas de HQs, mangás, desenhos, games, cinemas e raridades.
Famílias, crianças, cosplay e muito “marmanjo” lotaram o festival que concentrava grandes e pequenas editoras, abria espaço para quadrinhos independentes e agradou todos os gostos e preferências. Além disso, os preços estavam abaixo da tabela, fazendo a alegria de todo o público.



Boa organização, excelente oferta de produtos e preços e, mais do que isso, o clima e o ambiente marcaram a Comix. Todos os frequentadores estavam felizes da vida, as crianças no paraíso e os adultos, bom, eles também estavam pois voltaram a ser crianças. Para onde se olhava era possível ver olhos brilhando de prazer, pessoas sentadas no chão folheando suas recentes aquisições e cestas (isso mesmo, de compras) lotadas. Essas pessoas gastaram bons reais, mas todos saíram de lá satisfeitos.

Mas, calma. O que tudo isso tem a ver com o jornalismo? Eu também achei que não tinha NADA. Aliás, fui a Comix como acompanhante de um namorado nerd. Mas mudei TOTALMENTE o meu conceito. Em primeira análise, esse festival daria uma boa reportagem (especialmente para televisão) pois é um tema leve e divertido, cheio de bons personagens. Outro ponto é poder observar como os quadrinhos são fontes inspiradoras para o entretenimento na TV, no cinema, nos desenhos animados e na música. Encontrei, inclusive, o livro Super-Heróis no cinema e nos longas-metragens da TV além de gibis como Luluzinha, AstroBoy, Cavaleiros do Zodíaco, sem falar nos personagens da Marvel, no gato mais famoso do mundo, o Garfield e dos quadrinhos Persépolis. Mas o ápice mesmo desse encontro de jornalismo e quadrinhos foi, sem dúvida, com os livros de tiras comuns em jornais como as histórias de Dilbert, Mafalda, Angeli,Piratas do Tietê e, eis que meus olhos brilham, O Pasquim.



Foi esse que eu comprei, ou melhor, que eu ganhei. Porque o brilho nos meus olhinhos de jornalista não foram discretos e foi aí, exatamente neste ponto, que fez todo o sentido a relação entre os quadrinhos e a comunicação.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

X Semana do Jornalismo - Universidade Anhembi Morumbi (UAM)

A Universidade Anhembi Morumbi promoveu a X Semana de Jornalismo entre os dias 6 e 8 de outubro de 2009 e trouxe profissionais renomados durante os períodos matutino e noturno. A novidade apresentada este ano foi a divisão de palestras entre os dois campus que ministram o curso, descentralizando o evento que, antes, ocorria integralmente na Vila Olímpia e, assim, todos os alunos puderam ser contemplados com o conteúdo das palestras sem deslocamento de campus.

Os estudantes do campus Centro no período noturno puderam conversar com a repórter do jornal O Estado de São Paulo, Adriana Carranca que falou sobre os desafios do jornal impresso diante do advento da internet. Na quarta-feira, Fabíola Cidral tratou da convergência das mídias interativas ao rádio e deu foco em contar sobre o programa “Caminhos Alternativos” que traça um rumo inovador do que tem se feito no rádio. Para encerrar a Semana de Jornalismo, Caco Barcellos se apresentou no campus da Vila Olímpia para todos os alunos da Universidade, falando sobre o programa “Profissão Repórter” e a proposta de abordar a reportagem sob diversos pontos de vista.



As palestras com profissionais de diferentes veículos de comunicação propiciaram discussões sobre as oportunidades e os pontos fracos de cada meio, bem como conhecer melhor as exigências do mercado de trabalho quanto à formação e os conhecimentos dos futuros jornalistas. Apesar de todos os temas tratados, a mensagem mais forte dita por todos os palestrantes foi sobre exercer o jornalismo com paixão e envolvimento, o compromisso social de contar histórias e de informar, a inovação dedicada aos trabalhos e, sobretudo, a persistência que é a palavra-chave para fazer jornalismo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sumiço justificado

Eu sei que sou uma desnaturada que abandonei meu blog há mais de um mês. Peço desculpas. Sim, adoro escrever neste blog e compartilhar as minhas vivências e descobertas, mas juro que a justificativa é boa (pelo menos é aceitável).

Todos esses dias em uma nova universidade têm me mostrado algumas diferenças, e eu as tenho sentido em forma de "falta de tempo". Tenho tido MUITA aula prática e entre algumas atividades pessoais e desenvolvimento de projetos e de ideias, me faltou tempo de escrever textos decentes para serem publicados aqui.

Estou elaborando ação de comunicação interna, fazendo pautas e reportagens em vídeo, [outro] blog, apresentação de telejornal e ainda criação de reportagem multimídia. Ao mesmo tempo que estou trabalhando nesses projetos acadêmicos, minha cabeça fervilha com ideias que eu estou procurando organizar para não perder nenhuma delas. Aliás, tenho tido insônia pra tentar desenvolvê-las.

Vida de jornalista é corrida, eu sempre digo.

Juro que já tenho pautas com assuntos legais, alguns textos já estão bem definidos, só preciso sentar e trabalhar com calma neles. Estou planejando uma série de textos sobre um determinado assunto, assim como fiz quando escrevi a respeito de transferência. Aguardem e boas coisas virão. Ainda sim, reitero meu pedido de desculpa.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Prática acadêmica do jornalismo

Na faculdade é o melhor lugar para se ter contato com a profissão para amá-la ou odiá-la. Obviamente, este contato não é profissional pois está adequado para estudantes, mas é o principal meio para estabelecer uma relação e se ver exercendo determinadas atividades. Através dessas práticas que o estudante adquire suas primeiras experiências, descobre habilidades e talentos, os desenvolve, se afasta ou se aproxima das subáreas existentes dentro do jornalismo. Aulas e exercícios práticos são essenciais e indispensáveis, prepara o aluno para o mercado de trabalho e o ensina a trabalhar com diversas ferramentas que, se não são exigência básica, podem ser o diferencial. Além de trabalhos acadêmicos que possibilitam esse contato e ampliam seus conhecimentos, visões e possibilidades. Essas tarefas exigem muito de nós, mas é gratificante a sensação de estar, de alguma forma, “exercendo a profissão”.

As oportunidades que tive até então foram: pesquisa de opinião pública – feita em grupo, um tema é escolhido e direcionado de acordo com seu objetivo, executa-se o trabalho de briefing, fase qualitativa (com pesquisas abertas) e quantitativa (questões fechadas ou semiabertas, partindo dos resultados da quali), cálculo de amostra baseado em uma margem de erro, tabulação de dados e criação de gráficos, relatórios sobre o desenvolvimento do trabalho e, por fim, uma matéria jornalística usando dados colhidos na pesquisa; auxílio em coleta de depoimentos – acompanhando um colega em seus trabalhos para o TCC, eu pude ter contato com uma câmera semiprofissional e abordagem de pessoas na rua para que elas concedessem entrevistas, e durante essas entrevistas, analisar o material que será aproveitado e quais entrevistados têm potencial para personagem.


Imagem retirada do blog Colorizando


Ainda tenho muitas disciplinas práticas para cursar, executar trabalhos, agregar experiência e descobrir afinidades. Programa de rádio, reportagem televisiva, criação de produtos de multimídia, trabalho de comunicação corporativa, documentário, fotografia, produção de jornal e revistas. O ponto principal em matéria prática é a dedicação e a atenção, pois a possibilidade de você traçar um rumo para o seu futuro profissional é enorme.

domingo, 30 de agosto de 2009

E agora? Preciso ou não de diploma de jornalista?

A decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal de não exigir o diploma de quem deseja exercer a profissão de jornalista causou muita polêmica e, mais do que isso, criou incertezas entre as universidades que oferecem esta graduação, entre os estudantes em início de curso e os pré-vestibulandos interessados no jornalismo.

Algumas pessoas defendem que se não há necessidade de ser um profissional graduado na área, então é melhor de formar em outra área pois, ainda sim, há possibilidade de ter contato com o jornalismo sem ser um profissional com formação específica. Ao mesmo tempo, outras pessoas estão repensando suas opções de cursos ao ingressar em uma universidade e, claro, cria-se a desconfiança sobre pagar por um curso em que, segundo a maioria dos votos na seção do STF, “é uma profissão que qualquer sujeito pode exercer”.

Há universidades que reavaliam os investimentos a serem feitos, bem como a disponibilidade de turmas. A Facamp (Faculdade de Campinas), uma das melhores universidades paulistas de jornalismo, estuda o fechamento do curso, assim como a UniUbe (Universidade de Uberaba) que não abrirá turma do curso neste 2º semestre de 2009 devido a baixa procura. Diante de situações como estas, os alunos temem investir em uma carreira com futuro incerto.

Em contrapartida, há quem defenda que as boas empresas continuarão a empregar jornalistas formados e este tem sido o argumento-chave para a existência dos cursos e a permanência dos alunos. Ainda apresenta-se também a certeza de que um profissional formado tem justamente sua formação e experiência como diferencial na disputa por uma vaga.

Sim, eu defendo que o curso deve ser feito. Esse é um ponto essencial para que gosta do jornalismo, quer entendê-lo por completo e se envolver. Os quatro anos frequentando o curso amadurece, desconstroi mitos e ideologias sobre os meios de comunicação e sobre a profissão em si, te abre caminhos, põe em contato com a profissão e te prepara para encarar a profissão. Ser jornalista não é tarefa fácil e há muito menos glamour do que se imagina, precisa então de paixão e dedicação.

Cabe, então, esperar que haja bom senso de ambas as partes (profissionais e mercado de trabalho) para que as vagas sejam preenchidas por pessoas capazes de realizar um bom jornalismo no país.

Ratificando o que muitos profissionais da área defendem: o diploma é mera burocracia, o que vale é toda a bagagem que se adquire ao longo desses 4 anos.


Imagem retirada do Blog da Carina, uma futura jornalista indignada.


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Informação no Brasil – monopólio e democratização

Ainda existe um mito que corre entre a sociedade brasileira de que a informação no país é monopolizada. Na briga recente entre a Record e a Globo, um dos pontos que a primeira utilizou para atingir a segunda é de que esta quer manter o monopólio da informação. Mas, atualmente, com o avanço do acesso à internet há a possibilidade de receber informações de diversos meios e, assim, formar uma opinião a respeito.

Esse mito é cultural. Os meios de comunicação no Brasil surgem sendo propriedade de empresários e seu crescimento costuma ter histórias obscuras, envolvendo muito dinheiro, muita audácia e, por vezes, certa prepotência. Talvez os dois maiores exemplos do que estou dizendo são Assis Chateaubriand e Roberto Marinho, dois personagens da história da comunicação brasileira que construíram seus impérios, suas organizações poderosas e, para tanto, não se intimidaram em usar o poder e a influência que tinham, inclusive na política.

Quando se fala em monopólio de informação fala-se, obviamente, da Rede Globo de Televisão e o conglomerado das Organizações Globo e isso acontece pelos já conhecidos fatos de que este grupo agiu de acordo com seus ideais políticos e servindo apenas seus próprios interesses. E, como ponto complementar, a cultura televisiva do povo brasileiro esteve muito tempo ligado na TV Globo.

Antigamente, as informações podiam e eram manipuladas de acordo com os interesses destes grupos e, rodeados por meios que pertenciam a uma mesma empresa, estávamos sujeitos a receber a informação sempre da mesma forma. Mas esse processo tem mudado devido ao maior acesso à educação, a expansão da internet e dos diversos portais, bem como o crescimento de outras fontes dos meios de comunicação. A informação está se democratizando e prende-se às informações da Globo somente quem quer.

O poder e o alcance desta emissora ainda é um dos maiores e mais influentes do país, mas isto está intimamente ligado com a cultura de assistir aos seus programas, bem como a inegável qualidade de produção e investimentos feitos por ela (Rede Globo). Não devendo esquecer, também, da reputação e tradição de anos de emissora.

Podemos e devemos acessar várias fontes de informação e, a partir de então, formarmos uma opinião. O que não deve acontecer é apontar algo que não existe mais e nós simplesmente acreditarmos sem questionar. Não há mais monopólio de informação por parte da Rede Globo, assim como não existe mais o monopólio do conhecimento e da educação que até o fim da Idade Média se concentrava na Igreja Católica. Tudo isso, nos dias atuais, é puro mito.


Imagem retirada do Marketing Blog

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Transferência: Nova perspectiva

Medo e ansiedade. Esses são os dois sentimentos mais fortes quanto à mudança. Conhecer coisas novas e se adaptar a elas. Saber como será o ensino e o curso a partir de agora. Ter que encarar um novo padrão de ensino e seguir as novas regras. ‘Será que eu vou ser capaz de seguir adiante?’. Conhecer as novas instalações e os professores. Sentir-se calouro novamente e o sentimento é similar ao de uma criança com medo do seu primeiro dia de aula. Ainda o receio de não fazer amigos incomoda. Quem nunca o teve? Se você entra em uma faculdade no 1º ano, tudo se torna fácil, afinal, ninguém se conhece. Mas ingressar em uma turma que já formada por um determinado período, você se sente o ‘intruso’.

Mas essa sensação é passageira, pois a preocupação maior tem que ser a dedicação aos estudos e a certeza de que você é parte daquela nova universidade e, mais do que isso, sempre lembrar de todos os desafios que você superou e todo o esforço que você empenhou para estar ali.

Nos primeiros dias de aula você observa ao máximo e todas as comparações acabam sendo feitas e é o balanço final do que melhorou e do que piorou é um dos principais determinantes para avaliar se a decisão foi correta. Esta avaliação é superficial e baseada no primeiro impacto, mas não deixa de ser válido.

Em momento algum, até agora nesta primeira semana de aula, eu só tive boas impressões da Universidade. Bons professores, boas instalações, bons laboratórios, ampla biblioteca e tive boa receptividade por parte de todos. Toda vez que eu faço a comparação citada acima, ratifica-se a certeza do destino que dei para o meu futuro acadêmico. Sinto-me, confesso, mal por não ter tido contato com aulas práticas na antiga universidade, mas farei as adaptações para suprir essa deficiência, além de contar com a compreensão e apoio dos professores para que eu me familiarize rapidamente com as práticas do jornalismo.

O conselho, agora é se empenhar e fazer o seu melhor. E, claro, muita sorte.