quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Informação no Brasil – monopólio e democratização

Ainda existe um mito que corre entre a sociedade brasileira de que a informação no país é monopolizada. Na briga recente entre a Record e a Globo, um dos pontos que a primeira utilizou para atingir a segunda é de que esta quer manter o monopólio da informação. Mas, atualmente, com o avanço do acesso à internet há a possibilidade de receber informações de diversos meios e, assim, formar uma opinião a respeito.

Esse mito é cultural. Os meios de comunicação no Brasil surgem sendo propriedade de empresários e seu crescimento costuma ter histórias obscuras, envolvendo muito dinheiro, muita audácia e, por vezes, certa prepotência. Talvez os dois maiores exemplos do que estou dizendo são Assis Chateaubriand e Roberto Marinho, dois personagens da história da comunicação brasileira que construíram seus impérios, suas organizações poderosas e, para tanto, não se intimidaram em usar o poder e a influência que tinham, inclusive na política.

Quando se fala em monopólio de informação fala-se, obviamente, da Rede Globo de Televisão e o conglomerado das Organizações Globo e isso acontece pelos já conhecidos fatos de que este grupo agiu de acordo com seus ideais políticos e servindo apenas seus próprios interesses. E, como ponto complementar, a cultura televisiva do povo brasileiro esteve muito tempo ligado na TV Globo.

Antigamente, as informações podiam e eram manipuladas de acordo com os interesses destes grupos e, rodeados por meios que pertenciam a uma mesma empresa, estávamos sujeitos a receber a informação sempre da mesma forma. Mas esse processo tem mudado devido ao maior acesso à educação, a expansão da internet e dos diversos portais, bem como o crescimento de outras fontes dos meios de comunicação. A informação está se democratizando e prende-se às informações da Globo somente quem quer.

O poder e o alcance desta emissora ainda é um dos maiores e mais influentes do país, mas isto está intimamente ligado com a cultura de assistir aos seus programas, bem como a inegável qualidade de produção e investimentos feitos por ela (Rede Globo). Não devendo esquecer, também, da reputação e tradição de anos de emissora.

Podemos e devemos acessar várias fontes de informação e, a partir de então, formarmos uma opinião. O que não deve acontecer é apontar algo que não existe mais e nós simplesmente acreditarmos sem questionar. Não há mais monopólio de informação por parte da Rede Globo, assim como não existe mais o monopólio do conhecimento e da educação que até o fim da Idade Média se concentrava na Igreja Católica. Tudo isso, nos dias atuais, é puro mito.


Imagem retirada do Marketing Blog

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