domingo, 30 de agosto de 2009

E agora? Preciso ou não de diploma de jornalista?

A decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal de não exigir o diploma de quem deseja exercer a profissão de jornalista causou muita polêmica e, mais do que isso, criou incertezas entre as universidades que oferecem esta graduação, entre os estudantes em início de curso e os pré-vestibulandos interessados no jornalismo.

Algumas pessoas defendem que se não há necessidade de ser um profissional graduado na área, então é melhor de formar em outra área pois, ainda sim, há possibilidade de ter contato com o jornalismo sem ser um profissional com formação específica. Ao mesmo tempo, outras pessoas estão repensando suas opções de cursos ao ingressar em uma universidade e, claro, cria-se a desconfiança sobre pagar por um curso em que, segundo a maioria dos votos na seção do STF, “é uma profissão que qualquer sujeito pode exercer”.

Há universidades que reavaliam os investimentos a serem feitos, bem como a disponibilidade de turmas. A Facamp (Faculdade de Campinas), uma das melhores universidades paulistas de jornalismo, estuda o fechamento do curso, assim como a UniUbe (Universidade de Uberaba) que não abrirá turma do curso neste 2º semestre de 2009 devido a baixa procura. Diante de situações como estas, os alunos temem investir em uma carreira com futuro incerto.

Em contrapartida, há quem defenda que as boas empresas continuarão a empregar jornalistas formados e este tem sido o argumento-chave para a existência dos cursos e a permanência dos alunos. Ainda apresenta-se também a certeza de que um profissional formado tem justamente sua formação e experiência como diferencial na disputa por uma vaga.

Sim, eu defendo que o curso deve ser feito. Esse é um ponto essencial para que gosta do jornalismo, quer entendê-lo por completo e se envolver. Os quatro anos frequentando o curso amadurece, desconstroi mitos e ideologias sobre os meios de comunicação e sobre a profissão em si, te abre caminhos, põe em contato com a profissão e te prepara para encarar a profissão. Ser jornalista não é tarefa fácil e há muito menos glamour do que se imagina, precisa então de paixão e dedicação.

Cabe, então, esperar que haja bom senso de ambas as partes (profissionais e mercado de trabalho) para que as vagas sejam preenchidas por pessoas capazes de realizar um bom jornalismo no país.

Ratificando o que muitos profissionais da área defendem: o diploma é mera burocracia, o que vale é toda a bagagem que se adquire ao longo desses 4 anos.


Imagem retirada do Blog da Carina, uma futura jornalista indignada.


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