sábado, 18 de abril de 2009

Estética e Comunicação de Massa

Estética está intimamente relacionaodo ao "belo" e este padrão é definido pela sociedade, é condição da composição de obras de arte, como estilo, perfil e outras características; Obra de arte é uma forma de manifestação cultural, criada dentro de um contexto social, possui significado original e possibilita interpretações ambiguas que pode variar de acordo com o contexto hitórico-social que influencia na formação de sentido do recptor. Um grupo de pessoas que se veem unidas por determinado interesse é considerado massa, no entanto, os indivíduos que compõe essa massa possuem um relacionamento frouxo e estão isolados. Apesar de estarem integrados à massa, recebem e interpretam a mensagem de maneiras diferentes, de acordo com a subjetividade que é individual.

A informação, cultura e o conhecimento estavam sob o poder da Igreja, mas com a democratização e a dessacralização da obra de arte, cultura e conhecimento ficaram à disposição de toda a sociedade e com a Revolução Industrial, esse conteúdo passou a ser produzido em série com fins lucrativos. Sociedade de consumo, industrialização, urbanismo, universalização do ensino, novas tecnologias e ruptura do espaço-tempo são fatores históricos que contribuíram para o surgimento da Indústria Cultural que produz entretenimento com baixa qualidade com intuito de alienar, formar opiniões e lucrar. Estes meios de comunicação de massa possuem uma sistematização que possibilita que seja integrado à indústria cultural, e isto pode ser observado na produção em série para vender mais; o formato padronizado para que o conteúdo seja o mesmo em qualquer lugar; a distribuição segura para amplo alcance; a uniformização da sociedade, como se criasse uma cultura universal, para que a mensagem seja entendida por todos. Entende-se por comunicação de massa a exposição simultânea de um conteúdo para uma audiência ampla, heterogênea e anônima. O ponto de convergência dessa audiência é o interesse em receber a mensagem e a formação de sentido. A mensagem transmitida por estes meios é pública, simultânea e transitória, ou seja, de consumo imediato.

Umberto Eco elaborou uma crítica à indústria cultural em Apocalípticos e Integrados, e no capítulo "Alto, médio e baixo" - em que os termos alto, médio e baixo fazem referência aos níveis de cultura (high culture, midcult e masscult) - Eco critica a postura social de optar pelo conteúdo que lhe pareça mais fácil, não questionando o conteúdo que lhe é oferecido e vendido como cultura. A crítica também é direcionada ao midcult que usa estilemas da arte, banaliza o conteúdo original; critica-se, ainda, a falsa ideia de ensino universalizado pois nem todos têm acesso ao conhecimento e os que têm não são incentivados a buscar informações complementares sobre o que aprenderam. Neste costexto, Adorno culpa a massa pelo conteúdo medíocre que recebe, e acredita que isso acontece porque a sociedade não reage contra esta situação "a culpa não é do assassino, mas sim, do morto", diz ele.

As críticas mais comuns feitas contra os meios de comunicação de massa é o nivelamento de acordo com a média de gosto, destruição de características culturais, provocação de emoções pré-estabelecidas, encoraja visão passiva e acrítica, controle social; já a defesa da indústria cultural é que não é de origem do sistema capitalista, mas da sociedade industrial, uma forma simples de comunicar para muitas pessoas ao mesmo tempo, forma de levar conhecimento e cultura a sociedade.



Dica de Leitura:

"Apocalípticos e Integrados", de Umberto Eco

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