quinta-feira, 30 de abril de 2009

Preconceito Linguístico


Escrito por Marcos Bagno, o livro “Preconceito Lingüístico: o que é, como faz” é dividido em apresentação dos mitos que baseiam o preconceito contra as variedades existentes na língua portuguesa, determina um círculo vicioso formado pelo ensino e a gramática tradicional e os livros didáticos, somando a estes itens personalidades reconhecidas como consultores de português ou gramáticos que disseminam tais preconceitos, discute quais atitudes podem ser tomadas para minimizá-los e expõe um novo método de lecionar a ser utilizado e finaliza com a exposição da ojeriza de gramáticos para com os linguistas e a ideia que os mesmos apresentam de um português ortodoxo, ou seja, a norma considerada culta sendo unicamente considerada como correta.

O autor defende que a variedade linguística ocorre de acordo com características como região, cultura, nível de educação, economia local, classe social, poder aquisitivo, entre outros e que, por isso, nota-se tantas diferenças na fala dos brasileiros, ou seja, a língua é aprendida pelas crianças conforme sua convivência e, para ela, esta é a única língua existente. Quando começa a frequentar a escola é que se torna possível desenvolver a variedade linguísticas que este sujeito tem conhecimento e apresentar a ele algumas outras junto com o senso crítico de como e quando usá-las.

A proposta central do livro é o ensino de como usar a língua para instigar a curiosidade e as habilidades em fazê-los, depois desta etapa estar avançada, sugere-se que ensine sobre a língua, ou seja, regras e normas gramaticais. O “saber usar a língua” é conceituado pelo autor como alfabetização, interpretação e compreensão do que se lê e se escreve, além do desenvolvimento da consciência e do senso crítico. A partir daí, o aluno estará apto a aprender e aplicar as regras de gramática e saberá discernir qual a circunstância adequada para ele usar as variedades linguísticas que ele conhece, atingindo seu objetivo principal dese fazer entender, de comunicar.

Dentre as abordagens do livro, Marcos Bagno critica comparações feitas entre o português utilizado em Portugal e no Brasil, debatendo sobre as mudanças ocorridas em cada um destes países que adaptou sua língua de acordo com o que viveu e em que se transformou e defendendo as inivitáveis mutações da língua que é viva e evolui em conjunto com a evolução da sociedade, ou seja, de seus falantes.
Os argumentos elaborados, organizados e apresentados foram analisados por mim em comparação à redação jornalística produzida e veiculada por meios de comunicação. Estas redações são elaboradas e direcionadas para um público determinado ou abordando determinados temas e, assim sendo, a linguagem utilizada tem que causar impacto, criar identificação e comunicar, o que é viabilizado pela variedade linguística existente em nossa sociedade. Em outras palavras, a linguagem que os meios de comunicação utilizam se adapta para garantir a inteligibilidade da mensagem transmitida.

A abordagem passional do autor implica em seu conteúdo, tornando-o tendencioso e, por vezes, maçante e cansativo. Na tentativa de mostrar as variações da língua e provar que elas têm fundamento, o autor passa ao leitor justificativas quanto aos “erros” cometidos e pode, desta forma, adotar um protecionismo quanto a limitação social usar somente a variedade da língua que conhece e é neste ponto, acredito, que os gramáticos mais severos se apoiam para tentar depreciar a postura do linguístas e afirmar que estes defendem o “vale-tudo”. Sendo assim, aconselho a leitura deste livro para que sua proposta seja refletida por profissionais que têm a língua como ferramenta de trabalho, mas com a ressalva de que seu conteúdo não é neutro.


"Existe um mito ingênuo de que a linguagem humana tem a finalidade de 'comunicar', de 'transmitir ideias' – mito que as modernas correntes da linguística, como a sociologia da linguagem e a análise do discurso, vêm tratando de demolir, provando que a linguagem é muitas vezes um poderoso instrumento de ocultação da verdade, de manipulação do outro, de controle, de intimidação, de opressão, de emudecimento. Ao lado dele, também existe o mito de que a escrita tem o objetivo de 'difundir as ideias'. No entanto, uma simples investigação história mostra que, em muitos casos, a escrita funcionou, e ainda funciona, com a finalidade oposta: ocultar o saber, resevá-lo a uns poucos para garantir o poder àqueles que a ela têm acesso."

Preconceito Linguístico: o que é, como se faz; de Marcos Bagno; Ed Loyola; 50ª edição; junho de 2009, SP

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Fontes de notícias

No 1º semestre, uma professora nos disse que "pior que o sujeito que não lê nenhum jornal é o sujeito que lê apenas um". Na época, iniciantes no curso e na vida acadêmica, este comentário causou efeito, mas já perdeu seu sentido no decorrer de um ano de curso. De fato, um estudante não pode ler todas as notícias de todos os meios de comunicação, além de inviável esta atitude é redundante.

Neste 3º semestre, uma outra professora disse que "sair lendo todos os jornais e sites de notícia não é válido, afinal, você irá perceber que as notícias são as mesmas e são dadas da mesma forma". Baseado nestes dois comentários é que se desenvolve este texto.

Como estudante universitária digo que ler muitos jornais, revistas e sites, assitir telejornalismo, ler textos e livros preparatórios para as aulas, ler livros de entretenimento ou de interesse, execução dos trabalhos acadêmicos e do trabalho remunerado não é compatível com o tempo que um estudante dispõe. O futuro jornalista tem que absorver notícias de fontes diversas se possível, mas o essencial é que essas informações sejam de confiança e transmitida com a maior neutralidade que aquele meio possa transparecer.

Particularmente, não gosto de notícias passadas por meios de comunicação que assumem partidarismo político, econômico ou ideológico (explícita ou implicitamente), mas procuro acessá-los mesmo assim. Todo e qualquer meio de comunicação possui o seu "lado" mas isso não pode influenciar de forma óbvia a notícia que é passada porque, assim, há descrédito por parte da fonte.

Indico os meios que costumo usar para me manter informada, salientando que não são os únicos: Uol, Rádio CBN, Folha de São Paulo e Folha OnLine

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Comunicação Comparada

Existe uma preocupação por parte da sociedade com os meios de comunicação de massa porque são persuasivos, além de onipresentes, têm o poder de controle social e de provocação de efeitos. Estes meios alienam e controlam opiniões, direcionam desejos de consumo, reforçam as normas sociais; também provocam efeitos desgastados e consumidos, o público não se esforça em procurar sensações novas. Este contexto pode ser resumido na seguinte sentença "Os meios de comunicação de massa procuram atingir o maior número de pessoas, controlam informações, direcionam ações e pensamentos, facilitam o conteúdo exposto, provicando efeitos pré-existentes e, assim, deterioram o gosto popular.".

Com a democratização do ensino e os avanços tecnológicos, amplou-se o mercado para as obras de arte. No entanto, a audiência recebe instrução formal para ler e compreender sentidos superficiais sem que haja grande esforço ou reflexão para isto e estw ripo de educação não é o suficiente para a leitura de uma obra de arte. Com isso, o público não é exigente, aceita conteúdo mediano que lhe é oferecido, com mensagem original banalizada que deteriora o gosto e a cultura popular.

Os meios entretêm, provocam efeitos e propõem ao público conteúdo de baixo nível capaz de distrair a sociedade dos seus problemas e preocupações. Algumas de suas principais funções são: ATRIUBIÇÃO DE STATUS - prestígio social dado àquele que se destaca da massa e tem espaço nos meios de comunicação. Este status pode ser de origem pessoal (sensação de conquista), intelectual (falsa impressão de inteligência e cultura), político (fatos destacados na mídia no qual fizeram parte alguns personagens políticos), de movimentos sociais (valor atribuído a campanhas de conscientização) ou organizacional (atribuição de prestígio a um produto ou uma empresa através de propagandas); EXECUÇÃO DAS NORMAS SOCIAIS - ao exibir ao público os desvios comportamentais, os meios de comunicação de massa reiteram as normas sociais quanto à política, religião, economia, ao sistema governamental, comportamento etc; DISFUNÇÃO NARCOTIZANTE - relação superficial com os problemas sociais, apesar de ter conhecimento quanto a esses problemas, nada é feito para solucioná-los; CONFORMISMO SOCIAL - controle social dos meios de comunicação de massa que não estimulam a reação social, omitindo questão importantes para a sociedade dado ao interesse econômico. Essa influência pode ser explícita ou implícita.

Em arte entende-se pela expressão 'mau gosto' o efeito pré-fabricado e imposto. Na confecção uma obra de arte há embasamento no contexto sócio-cultural, sendo bem produzido sem pensar nos efeitos que esta obra poderá causar. Quando o produto é elaborado baseado em cópia ou imitação de algo ja feito antes e com a intenção de causar um efeito pré-existente e com fins lucrativos pode ser considerado Kitsch.
O Kitcsh é um termo que Walther Killy atribuiu a produtos que imitam um outro original, mas com má qualidade e gosto e é considerado uma mentira artística por não oferecer a experiência de novas sensações, apenas efeitos consumidos e gastos, causando a falsa sensação ao público de que se consome produto oriundo da cultura superior. Já o Midcult faz uso de algumas ferramentas de obras de sucesso por julgar conveniente, banaliza e facilita o conteúdo original. Desta forma, o produto midcult se passa por obra artística inovadora, pretendendo atribuir status cultural a quem o consome. A crítica existente em cima do Kitsch e do Midcult é por estes produtos serem produzidos em excesso, consumidos como cultura de maneira impensada e, assim,enganam o público que o consome.

terça-feira, 21 de abril de 2009

História do Rádio no Brasil

Rádiodifusão é conceituada por transmissão de sons através de ondas para um número indefinido de ouvintes, destinado ao público em geral, não exige recursos do seu público, como saber ler, por exemplo. As primeiras transmissões de rádio aconteceram no final do século XIX, muitos países faziam experimentos, mas como não havia comunicação simultânea, não é possível afirmar com absoluta certeza quem foi o pioneiro. Guglielmo Marconi é considerado, oficialmente, o pai do rádio dado a uma transmissão a distância feita em 1896; Padre Roberto Landell de Moura fez experimentos e sua primeira transmissão foi num raio de 8km em 1892. O aperfeiçoamento das tecnologias melhoraram a qualidade e o alcance da transmissão, possibilitaram, também, uma forma diferente de aproximação entre as pessoas e suprimiu o tempo e o espaço.

A primeira emissora de rádio brasileira foi a Rádio Clube Pernambuco fundada em 06/04/1919, mas seu público era elitizado e a rádio não teve grande repercussão pois usava aparelhos receptores que não eram comuns nas residências. Oficialmente, a primeira transmissão de rádio foi em uma comemoração do centenário da Independência, em 07/09/1922, onde a empresa americana Westinghouse transmitiu o proununciamento do presidente Epitácio Pesssoa a Petropólis, Niterói e São Paulo, seus aparelhos tinham 500 watts de potência e a transmissão partiu do Corcovado.

Em 1923, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi fundada por Henrique Morize e Edgard Roquette Pinto. As rádios daquela época não tinham fim comercial e eram mantidas através de contribuições, por isso as emissoras tinham nomes como "sociedade" e "clube". A Rádio Sociedade do RJ realizou o primeiro programa de radiojornalismo, o Jornal da Manhã. Em 1936, sem condições de se sustentar, a emissora entregou seus equipamentos ao governo que fundou uma rádio, hoje conhecida como Rádio MEC. Getúlio Vargas regulamentou em 1931 o funcionamento técnico das emissoras e em 1932 autorizou a veiculação de propagandas, dando início a rádio comercial. O rádio começou a crescer, ganhou espaço na mídia impressa da época e despertou o interesse dos empresários donos de jornais e revistas. Em 1935, Assis Chauteaubriand convidou Guglielmo Marconi para a inauguração da Rádio Tupi.

A Noite era um grupo de mídia impressa muito influente à época, fundado por Irineu Marinho e José Marque da Silva em 1911. Em 1925, Irineu deixou a sociedade e fundou "O Globo", Marques da Silva uniu-se a Geraldo Rocha e ampliou o campo de atuação do grupo. Em 1929 foi construído o Edifício A Noite, com 22 andares e visto com destaque na cidade do Rio de Janeiro. A Rádio Phillips foi comprada em 1933 e três anos depois, no dia 12/09 às 21h, começaram as transmissões da Sociedade Civil Brasileira Rádio Nacional, ao som de Luar do Sertão e com a frase "Alô, alô Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.".

Fundada em 1936, A Rádio Nacional foi peça fundamental na Era de Ouro do rádio durante a década de 1940 e 1950. Transmitiu programas como Repórter Esso, César de Alencar, Balança mas não cai, o concurso A Rainha do Rádio, Cancioneiro Rayol, Almanaque Kolynos, Um milhão de melodias, O direito de nascer, além de possuir um bom elenco e lançar ao estrelato nomes importantes como Chacrinha, Paulo Gracindo, Emilinha Borba, Cauby Peixoto, Ângela Maria, etc.

Com o surgimento da televisão em meados de 1950, a audiência do áudio começou a declinas, junto com seus lucros, com os investimentos e o elenco. Os programas e profissionais de sucesso migraram do rádio para a TV, os lucros com a propaganda tiveram que ser divididos e a televisão somava o áudio que o rádio possuia com o visual do cinema e, diante aos problemas que surgiram, o rádio se viu obrigado a de adaptar-se à nova realidade para não perder público e lucros. A Rádio Difusora de São Paulo foi a primeira a atuar exclusivamente em Frequência Moldulada (FM).

As principais características do rádio são imediatismo, sensorialidade, regionalismo, simplicidade, intimidade, acessibilidade, mobilidade, transmissão e anúncio a custos baixos. O rádio informa, provoca noção de comunidade, mobiliza recursos públicos e privados, incentiva a renda e o consumo. É um meio de comunicação de massa e pode ser classificado como tal por possuir audiência ampla e heterogênea, por definir a mensagem pela média de gosto, as mensagens são curtas e repetitivas.




Dica de leitura:

"A Era do Rádio", de Lia Calabre;
"Rádio Nacional", de Luiz Carlos Saroldi e Sonia Virgínia Moreira.

sábado, 18 de abril de 2009

Estética e Comunicação de Massa

Estética está intimamente relacionaodo ao "belo" e este padrão é definido pela sociedade, é condição da composição de obras de arte, como estilo, perfil e outras características; Obra de arte é uma forma de manifestação cultural, criada dentro de um contexto social, possui significado original e possibilita interpretações ambiguas que pode variar de acordo com o contexto hitórico-social que influencia na formação de sentido do recptor. Um grupo de pessoas que se veem unidas por determinado interesse é considerado massa, no entanto, os indivíduos que compõe essa massa possuem um relacionamento frouxo e estão isolados. Apesar de estarem integrados à massa, recebem e interpretam a mensagem de maneiras diferentes, de acordo com a subjetividade que é individual.

A informação, cultura e o conhecimento estavam sob o poder da Igreja, mas com a democratização e a dessacralização da obra de arte, cultura e conhecimento ficaram à disposição de toda a sociedade e com a Revolução Industrial, esse conteúdo passou a ser produzido em série com fins lucrativos. Sociedade de consumo, industrialização, urbanismo, universalização do ensino, novas tecnologias e ruptura do espaço-tempo são fatores históricos que contribuíram para o surgimento da Indústria Cultural que produz entretenimento com baixa qualidade com intuito de alienar, formar opiniões e lucrar. Estes meios de comunicação de massa possuem uma sistematização que possibilita que seja integrado à indústria cultural, e isto pode ser observado na produção em série para vender mais; o formato padronizado para que o conteúdo seja o mesmo em qualquer lugar; a distribuição segura para amplo alcance; a uniformização da sociedade, como se criasse uma cultura universal, para que a mensagem seja entendida por todos. Entende-se por comunicação de massa a exposição simultânea de um conteúdo para uma audiência ampla, heterogênea e anônima. O ponto de convergência dessa audiência é o interesse em receber a mensagem e a formação de sentido. A mensagem transmitida por estes meios é pública, simultânea e transitória, ou seja, de consumo imediato.

Umberto Eco elaborou uma crítica à indústria cultural em Apocalípticos e Integrados, e no capítulo "Alto, médio e baixo" - em que os termos alto, médio e baixo fazem referência aos níveis de cultura (high culture, midcult e masscult) - Eco critica a postura social de optar pelo conteúdo que lhe pareça mais fácil, não questionando o conteúdo que lhe é oferecido e vendido como cultura. A crítica também é direcionada ao midcult que usa estilemas da arte, banaliza o conteúdo original; critica-se, ainda, a falsa ideia de ensino universalizado pois nem todos têm acesso ao conhecimento e os que têm não são incentivados a buscar informações complementares sobre o que aprenderam. Neste costexto, Adorno culpa a massa pelo conteúdo medíocre que recebe, e acredita que isso acontece porque a sociedade não reage contra esta situação "a culpa não é do assassino, mas sim, do morto", diz ele.

As críticas mais comuns feitas contra os meios de comunicação de massa é o nivelamento de acordo com a média de gosto, destruição de características culturais, provocação de emoções pré-estabelecidas, encoraja visão passiva e acrítica, controle social; já a defesa da indústria cultural é que não é de origem do sistema capitalista, mas da sociedade industrial, uma forma simples de comunicar para muitas pessoas ao mesmo tempo, forma de levar conhecimento e cultura a sociedade.



Dica de Leitura:

"Apocalípticos e Integrados", de Umberto Eco

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Profissão Repórter Procura


O Profissão Repórter encontra personagens e narra histórias, abordando temas diversos. Além disso, mostra um pouco dos bastidores da produção de uma reportagem e tem sua equipe repleta de "focas", ou seja, profissionais recém-formados.

O programa Profissão Repórter abriu inscrições para integrar mais um em sua equipe, devendo enviar a gravação de um vídeo respondendo em 1 minuto a questão proposta: "Por que quero ser repórter?" Mais informações a respeito, acessem o site do programa. Uma outra exigência é que o candidato tenha se formado nos anos de 2007 ou 2008.

Sempre fiquei encantada com o trabalho de áudiovisual, mesmo tendo pouco interesse em trabalhar nesta área. Este programa da Rede Globo reiterou a graça que a televisão cede à notícia, mostrando temas delicados, tentativas e abordagens erradas ao produzir a matéria, o repórter no dilema de se portar como profissional ou sucumbir às emoções.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Devo seguir em frente ou devo parar agora...?

Eu sempre defendo e insisto para que o vestibulando esteja muito bem informado quanto so curso que pretende estudar. O excesso de informação favorece ao aluno e diminui as chances de decepção quanto ao curso e a profissão. Deve-se pesquisar sobre a profissão, ler bastante a respeito das possibilidades que a profissão te propõe, realizar testes vocacionais, visitar universidade que ofereça o curso, conversar com gente formada, estudante no fim da graduação, estudante do início, use o Orkut para algo útil.

Costumo dizer que é essencial que a pessoa estabeleça relação de paixão com a carreira para optar por ela na hora do vestibular, pois a vida de universitário é difícil, exigente, corrida e estressante mas, se está apaixonado e certo daquilo que quer, tudo isso só servirá como motivação para seguir em frente. Caso contrário, qualquer impecilho será fundamental ´para o abandono do curso de graduação.

Veja a matéria tirada da Folha de São Paulo a respeito deste assunto.

"Conhecer curso antes é essencial, diz psicoterapeuta

DA REPORTAGEM LOCAL

Obter o maior número de informações sobre o curso pretendido é uma das principais dicas para se evitar a decepção após o ingresso na faculdade. "Existe a falta de identidade com a área, claro", diz Leo Fraiman, psicoterapeuta especializado em orientação vocacional. "Mas conhecer mais sobre a graduação já ajuda bastante".
Outra sugestão dada por especialistas é conversar com graduandos dos últimos anos e com recém-formados. "É importante saber da grade curricular do curso e sobre a situação do mercado de trabalho", afirma a professora do Departamento de Psicologia e Educação da USP de Ribeirão Preto, Lucy Leal Melo-Silva.

"Quando estiver com muita informação sobre o que quer fazer, mas muita mesmo, o candidato deve conversar com os pais", diz ela, que é especialista em orientação vocacional. Outro passo é consultar um orientador profissional.
Lucy aponta que, escolhendo uma carreira mais generalista -como medicina ou comunicação social-, há mais chance de acertar. "Isso porque, fazendo graduações mais específicas, é mais difícil conseguir um emprego, e aí pode estar um motivo para a evasão", diz ela.

Mas a dificuldade em acertar na primeira nem sempre é um problema só do aluno: "Todas as escolas deveriam ter um orientador profissional." (LAS)"

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Memórias de Minhas Putas Tristes




Dia 31/03/2009 eu li no site da UOL a notícia que Gabriel García Márquez provavelmente não escreverá mais livros.
Nos meus tempos de colégio, uma amiga que admirava muito instigou minha curiosidade a respeito de um dos livros de Gabo, "Memórias de minhas putas tristes" o nome me chamava muito a atenção e me fazia imaginar os mais irreverentes enredos. No ano passado, eu baixei um e-book e me saciei nessa história que mescla sacanagem e inocência, paixão pela vida e a incessante descoberta de como viver. A história toda me intrigou e despertou em mim alguns sentimentos bons em relação a arte de saber viver.

Artistas como Ana Carolina e Dance of Days citam uma das obras mais famosas do autor, Cem anos de Solidão, nas canções "Violão e Voz" e "Comerciais de Cigarro", respectivamente.

Fica a minha dica de leitura. Segundo as matérias, García Márquez tem livros inéditos que ainda não foi decidio se serão ou não publicados. Esperamos que sim.


"O que há de mais interessante no livro de Garcia Márquez é a descoberta da através de um amor sincero e inocente e a intensa vontade de viver numa idade em que se espera quando irá morrer. Essa abordagem é uma contraposição ao que é exigido pela sociedade: envolvimento de um homem de idade avançada com uma garota menor de idade; esperar o que será da vida aos 90, em que se espera quando e como irá morrer.

A segunda particularidade do livro que chama a atenção é como ele usa o jornalismo por esse amor: primeiro, declarando-se através de suas crônicas dominicais e despertando, assim, o espírito romântico por ora esquecido em seus leitores; o outro uso que ele faz da influência do jornalismo é em sua busca desesperada por informações de sua amada, tendo acesso a hospital e fábrica devido à crença de que o jornalista escreveria algo que, certamente, traria lucros para estes locais.
" Comentário de minha autoria sobre o livro "Memórias de Minhas Putas Trsites".

"Ele conclui suas memórias, então, dizendo que depois de tudo que viveu, todas as suas aventuras, somente aos 90 anos é que ele realmente descobriu o prazer e a felicidade em sua forma mais pura e verdadeira." Conclusão, também de minha autoria, do resumo feito sobre o mesmo livro.

Veja mais sobre essa notícia no site do Jornal da Globo.